O que você precisa saber sobre o DIU?
Ele é o queridinho do momento, se você não usa, tenho certeza que tem uma amiga que usa…mas o que é o DIU?
O DIU, o Dispositivo Intra Uterino, é um método contraceptivo reversível de longa duração, de alta eficácia. É inserido dentro do útero, onde garante a contracepção.
Quais os TIPOS DE DIU?
Temos os DIUs NÃO HORMONAIS e os DIUs HORMONAIS.
Os DIUs NÃO HORMONAIS são o de Cobre, ou Cobre com Prata.
Dentro dessa classificação existem diversos tamanhos e formatos, com duração que pode variar de 03 a 10 anos. ( No caso do DIU de cobre e Prata a duração é de 05 anos)
A escolha do tamanho / formato vai variar de paciente pra paciente: quem nunca engravidou, quem já tem filhos…
E a diferença entre o Cobre e Prata? Na realidade, o DIU de Prata nada mais é do que o DIU de cobre com adição de prata, com o objetivo de diminuir a fragmentação do cobre e garantir eficácia contraceptiva. Um possível benefício adicional desta adição seria diminuir as cólicas e o sangramento excessivo. O principal efeito colateral dos DIUs não hormonais é justamente o aumento das cólicas e o aumento do fluxo menstrual, o que varia bastante de paciente para paciente.
Mas como o DIU não hormonal funciona?
Ele cria um ambiente intrauterino hostil aos espermatozoides, evitando que eles cheguem às tubas uterinas. A liberação do cobre tem efeito espermicida, além de alterar a composição do muco cervical. O DIU provoca uma reação inflamatória, o que interfere na fertilização, no transporte e fixação do óvulo. Importante esclarecer que esse não é um método abortivo.
É importante ressaltar que esse é um método de alta eficácia, seu índice de falha é de 0,3 a 0,8 / 100 mulheres/ ano. Isso significa que, por ano, 3 a 8 mulheres a cada mil podem engravidar usando este método. Para fins de comparação, o índice de falha da pílula contraceptiva combinada é de 9 a cada 100/ mulheres/ ano, e da camisinha é de 18 a cada 100 mulheres/ano! Para garantir a eficácia contraceptiva do DIU é importante que ele esteja bem localizado no útero, por isso é interessante um acompanhamento regular com sua Ginecologista.
E os DIUs HORMONAIS?
Nessa categoria temos o Mirena e o Kyleena.
O DIU hormonal é o DIU com adição de levonorgestrel, uma progesterona, semelhante a progesterona produzida pelo nosso organismo. O DIU hormonal libera levonorgestrel de forma contínua e constante, e previne a gravidez evitando o espessamento do endométrio, além de também espessar o muco cervical e diminuir a movimentação do espermatozoide, o que dificulta a fecundação. A duração é de 05 anos, tanto para o Mirena quanto para o Kyleena.
Então qual a diferença entre o DIU Hormonal e DIU não hormonal? Os DIUS hormonais DIMINUEM o fluxo menstrual, podendo inclusive levar a amenorreia (ausência de sangramento menstrual), além de diminuirem a ocorrência de cólicas. O principal efeito colateral deste tipo de DIU é o sangramento irregular. O índice de falha do DIU hormonal é de 0,2 a 0,3/ 100 mulheres/ ano (ou seja, 2 a 3 mulheres a cada mil, por ano, podem engravidar usando este método).
E a diferença entre o Mirena e o Kyleena? Basicamente a quantidade de hormônio liberada diariamente e o tamanho do dispositivo.
O Mirena contem 52mg de levonorgestrel e apresenta taxa de liberação de média de 20mcg/24h. O Kyleena contem 19,5mg de levonorgestrel com uma taxa média de liberação que gira em torno de 9mcg/24h. Na prática, a maioria das usuárias de Mirena tem amenorreia, enquanto a maioria das usuárias de Kyleena apresenta menstruação. O Mirena, além de uso contraceptivo, é indicado para casos de sangramento menstrual excessivo e proteção endometrial na terapia hormonal pós menopausa, além de ser uma boa opção para pacientes portadoras de endometriose.
O Kyleena é menor e mais fino, o que facilita a inserção em consultório médico.
E A INSERÇÃO?
Os DIUs podem ser inseridos em consultório médico ou em hospital, sob anestesia. A inserção pode gerar dor ou desconforto, que variam bastante de paciente para paciente, por isso algumas pacientes preferem a inserção em hospital sob anestesia. As duas opções são rápidas e permitem retorno às atividades no mesmo dia. A escolha é da paciente. Em alguns casos específicos (minoria) não é possível inserção em consultório médico, por dor intensa da paciente ou por estenose do canal cervical. Nesses casos, recomendamos inserção sob sedação.